Falta apenas um dia para o Grande Dia, e para este blog chegar ao fim da sua vida útil. Ou talvez não.
Logo no início foi pedida e colaboração dos intervenientes do almoço, no sentido de que pudessem colaborar com alguns textos que enriquecessem este espaço informativo. Infelizmente tal não veio a suceder, e todo o trabalho redactorial e escrevinhatório esteve a cargo do escrevinhador de serviço, o que contribuiu bastante para baixar o nível informativo.
Porque a nossa teimosia, perdão, persistência, não tem limites, tal como o universo e a estupidez humana, no dizer de Einstein, vimos novamente apelar a todos os aprendizes de escritores para que escrevam algo, que poderá ser simplesmente as vossas impressões sobre o almoço e ou sugestões para eventos futuros.
Deixamos mesmo um desafio inédito: se não escrevem os pais, porque não escrevem os filhos?
Numa altura em que cada vez mais vozes do conservadorismo retrógrado e caduco se levantam em defesa do ensino (“se não sabes achar a raiz quadrada como queres ser um empresário agrícola de sucesso?”, ou “se não souberes os rios todos da metrópole nunca vais ser alguém na vida” dizem muitos pais aos seus filhos), que melhor forma de ensino existe do que a imposição arbitrária e dogmática de tarefas, perdão, de “deveres”?
É nesse sentido que propomos a todos os pais que tenham filhos em idade escolar que os façam escrever uma redacção subordinada ao tema “O almoço na quinta do Tio Fernando”, e que depois a enviem para publicação. Se as crianças perguntarem porquê digam que é porque sim. Todas as formas de escrita são aceites: português, acordês (acordês é a língua do acordo ortográfico) ou até mesmo no dialecto sms.
Quem sabe não se vem a descobrir algum talento escondido para sucessor de Paulo Coelho. Paulo Coelho como é sabido diz pouco mas escreve muito e ganha ainda mais, o que é sinónimo de sucesso à luz do Dow Jones, que é o que comanda a vida, não é o sonho como se pensava.
Vamos mesmo mais longe e propomos que em complemento ou em alternativa à escrita, que os mais novos façam desenhos alusivos ao almoço e à quinta, e que os enviem digitalizados para serem apreciados por todos.
Se estas iniciativas tiverem o sucesso que esperamos, estamos a considerar seriamente recorrer a fundos comunitários para a criação de uma fundação de apoio às artes, sedeada no off-shore da Madeira.
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