Há duas rubricas que qualquer publicação que se preze tem obrigatoriamente que ter: uma coluna de astrologia e um passatempo para os seus leitores. Sem elas estará irremediavelmente condenada ao fracasso.
A astrologia é um engano, melhor dizendo, é um embuste, mas as pessoas gostam de se sentir enganadas se isso as fizer felizes. Haverá algo melhor do que a felicidade? Claro que não. Mesmo que seja um engano, as pessoas gostam de se sentir enganadamente felizes, portanto há que lhes proporcionar essa felicidade.
Na nossa publicação ainda não existe a coluna de astrologia, por falta de verba. A maldita falta de verba serve de desculpa para tudo. No entanto estamos a negociar um patrocínio com a fábrica de telescópios Estrelix que nos permitirá ter uma coluna de astrologia em breve. As previsões astrológicas apontam para que tal venha a ser possível logo que as negociações estiverem concluídas (não se sabe é quando, os telescópios Estrelix só aumentam 50x e portanto não permitem ver um futuro muito distante).
Um passatempo é uma peça fundamental para a fidelização dos leitores. A ganância do lucro aliada à procura de cada vez mais e mais qualquer coisa fazem desta rubrica uma das mais procuradas. No fundo, ter cada vez mais coisas é o que faz a diferença entre evolução e estagnação.
Qualquer coisa serve como prémio. Desde um cachecol da sua equipa favorita (mas só se a sua equipa favorita for uma das três do regime, caso contrário recebe um cachecol da equipa favorita dos outros), até um cd autografado do Zé Cabra.
Hoje estamos em condições de anunciar que também vamos ter um passatempo. Vamos publicar uma foto do milénio passado (clique na imagem para aumentar) e os leitores só têm que identificar quem são e onde estão os antigos habitantes da Rua D. Francisco de Almeida e arredores.
O prémio seria magnífico se fosse algo que servisse para enfeitar a estante da sala, ao lado dos livros que ninguém lê ou dos discos que ninguém ouve. Não havendo essa possibilidade (não vamos dizer que é por falta de verba para não nos estarmos a repetir), consiste apenas numa palmada nas costas acompanhada da frase: “ Eh pá, acertaste, és bruxo ou foste à bruxa?”. Sabemos bem que é pouco, mas é o que se pode arranjar. De facto o reconhecimento do mérito não vale nada se não vier acompanhado de mais qualquer coisa.
A participação neste passatempo está interdita aos membros do staff técnico e editorial, bem como aos próprios visados na foto.
Sem comentários:
Enviar um comentário